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Vida de Au Pair Muita gente me pergunta sobre essa vida de Au Pair. A maioria acha que estou aqui dormindo e acordando, brincando feliz com as crianças e no final da semana ainda ganho meu salário e saio saltitante pela porta da frente para viver meu feliz final de semana. Doce ilusão. Vou contar tudo (não sou baú, rsrs). Foi e é assim...
Uma amiga que morava aqui na Irlanda e que era Au Pair me deu as melhores referências sobre esse tipo de trabalho. Realmente existem muitas vantagens em ser Au Pair (o contato direto com a cultura e língua nativa, não temos contas pra pagar, viagens com a família, etc). Em contrapartida, existe o stress com as crianças e caso a família não seja realmente uma nice family "boa família", o sonho pode se tornar o pior pesadelo. A palavra é FLEXIBILIDADE... Quer um exemplo prático? Estou escrevendo esse post num domingo em que estou em casa trabalhando. Os pais da Charlie foram pra um Exposição da empresa deles e eu tenho que ficar em casa para não deixá-la só. O dia está lindo hoje, até fomos ao parque, mas... Estou perdendo um lindo final de semana em que poderia estar andando pela cidade com meus amigos ou descansando. Vida de Au Pair é assim... Claro que é direito ter os meus dias off (como tenho), mas se eles precisam de mim (e como precisam) é interessante que eu esteja disponível para ajudar. Em contrapartida, quando preciso viajar por exemplo, eles também mudam a agenda deles para que eu possa ir. É uma troca e diálogo é crucial. O mais interessante é que haja respeito entre as partes. Todo mundo diz que a Thaty tem muita sorte, porque a "família da Thaty é perfeita". Ora, é muito injusto reduzir tamanho esforço chamando isso de "sorte". A família da Thaty só é perfeita porque a Thaty é perfeita pra eles. Se a Thaty não estivesse aqui nos finais de semana, fazendo hora-extra (Au Pair também faz, viu?!?) e cuidando com paciência da filha deles todo momento, talvez a história fosse diferente. Portanto, se quer ser Au Pair minha amiga (ou amigo, porque tem Au Pair homem tb, rsrs) seja flexível. Continuando o martírio do lerê-lerê das Au Pairs, ainda tem muita coisa que faz desanimar. Tem dia que dá vontade de matar as crianças (quanto mais crianças, pior, rsrs) e sem falar naqueles dias que você está saindo de casa na sexta-feira e eles simplesmente resolvem sair e te pedem pra ficar mais algumas horinhas (quando não te pedem no sábado). Voltando ao início do texto, é a tal da FLEXIBILIDADE. Se não tem pule fora! Mas ainda existem muitos outros motivos para pular fora, principalmente se, no caso, a família não está cumprindo com os deveres combinados no início. A maioria das meninas desiste de ser Au Pair principalmente porque algumas famílias idiotas as fazem de Housekeeper (empregada doméstica). As põe pra limpar tudo e lhes dão tarefas inimagináveis! Enfim, talvez você sempre faça mais do que lhe é obrigação, como qualquer outro trabalho, mas existe uma linha de discernimento que deve ser respeitada principalmente porque Housekeepers ganham muito bem por aqui para fazer o que elas fazem. Outro problema é quando trabalhamos mais horas do que combinado. Como disse, existem trocas, mas se o diálogo para fazer isso é impossível talvez seja hora de repensar algumas coisas. É muito complicado dizer o que é certo ou não fazer em alguns casos. Eu por exemplo já trabalhei 35 horas por semana para ganhar 100 euros (pouco para o número de horas). Foi algo que eu escolhi pra mim e que não me arrependo, pois aprendi muito com essa primeira família. Foi com esse salário que paguei uma boa parte da dívida do curso e me mantive aqui pelos primeiros três meses. Cada um sabe de si e do que é capaz de suportar e valorizar. A parte boa. Essa quando é boa é boa mesmo, rsrs. Primeiro, o convívio com uma família nativa... Isso é o melhor de tudo. Você pode realmente dizer que morou fora do país, pois viveu dias e noites debaixo de um teto irlandês comendo o que eles comem, sabendo o que pensam, o que gostam... A minha família é um mix de tudo: a mãe é irlandesa, mas morou muitos anos nos Estados Unidos; o pai é inglês e a Charlie é a irlandesinha mais linda do mundo. Pra quem quer aprender inglês então, xi! Tá no lugar certo. Às vezes falo alguma coisa em inglês e nem sei como sei aquele verbo, só "sei que foi assim", rsrs. A gente aprende por osmose. Por último, o lar de uma família. É muito bom estar num ambiente assim fora do país. Pra mim então isso é mais que especial, pois já há muitos anos não viva com a minha família no Brasil e aqui pude encontrar isso de novo: refeição com todos na mesa, conversas de família, etc. É uma vida! Vida de Au Pair, rsrsrs. Fora o amor das crianças, sentimento pro resto da vida... Abaixo segue uma idéia de quais são as tarefas e direitos de uma Au Pair aqui na Irlanda. Como disse é uma idéia e isso varia de acordo com as famílias. - Realizar passeios com as crianças; Como disse essa é uma idéia. Depende da rotina da família, número de crianças, etc... Aqui na Irlanda não existe regulamentação para Au Pairs de fora da União Européia, inclusive recebo propagandas de agências de intercâmbio do Brasil oferecendo pacotes para Au Pair aqui na Irlanda sendo que, oficialmente, isso não é regulado. O que existe é um acordo entre as partes e só. Tenho até uma amiga que disse na Imigração, quando foi renovar o visto, que era Au Pair e eles não disseram nada. Já uma outra teve o maior problema. Enfim, é igual orelha de freira: "todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê" (ou pelo menos fingem que não vêem). Aqui estão alguns sites para quem busca Au Pair. Perguntas? Prazer em ajudar! contato@thatianamendes.com.br http://www.greataupair.com ------------------------------------------------------------------------------------------------
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