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E um ano se passou...
10/01/2010

Isso mesmo! Um ano! Huhu! Nem parece que foi há tanto tempo... Bom, sai do Brasil no dia 18 de dezembro de 2008 e mês passado fiz meu aniversário de um ano na terra esmeralda. Celebrei esse dia, estava a caminho da Espanha. A pior parte foi saber que estava naquele momento perdendo minha passagem para o Brasil (pois comprei a passagem de volta também, de estudante, válida por um ano). Mas nem tudo são flores e decisões também têm riscos, mas sei que esse esforço vai valer a pena no futuro.

Bom, terminou do outro lado, do lado de lá do oceano, uma importante etapa da minha vida. Mas como tudo terminou misturado, então vou começar a contar as coisas que foram acontecendo desde que cheguei por aqui. Engraçado é que hoje tenho uma visão tão diferente de tudo! Mas me lembro exatamente de todos os principais acontecimentos da minha vida por aqui e como tudo foi se "desenrolando" para que, enfim, eu conseguisse continuar vivendo na Irlanda.

Vim parar aqui pelo desejo de aprender inglês - definitivamente - e viver a minha tal experiência internacional. Vendi as poucas coisas que tinha, rsrsrs, desses o mais importante era o meu carrinho, aliás parte dele (de nome Creuza) e fiz um esforço tremendo para juntar a maior quantidade de grana possível para pagar o que pudesse à vista. Mas a crise econômica dos EUA em 2008 atrapalhou os meus objetivos. Havia orçado tudo em julho, mas em agosto estourou a crise. E sobe Euro!! Quando ele chegou em 3,41 eu quase desisti. Que derrota... Tudo MUITO mais caro. Bom, esperei um pouco mais e comprei passagem e o seguro saúde, pois temos que ter para tirar o visto de Estudante na Irlanda. Aos pouquinhos (e com alguns cheques emprestados do papai) e sem falar para ninguém (exceto minha família, claro) consegui preparar tudo para viajar em dezembro. Mas, antes de tudo, tive que resolver algo beeeem difícil, pois eu dependia disso para ir pegar o meu avião: tinha que conseguir um emprego antes de sair do Brasil, pois tinha que pagar os cheques que teria que deixar no Brasil, certo?!?

despedida_bh


Graças a indicação de sites por parte de uma amiga que morava em Dublin, a Priscila (obrigada, amiguinha!!!), eu comecei a procurar vagas diversas em alguns sites de emprego da Irlanda e também de Au Pair. Como a Priscila trabalhou como Au Pair todo o tempo em Dublin e ela recomendava principalmente pelo empurrãozinho que dá no idioma, eu decidi focar mais na procura por esse tipo de vaga. E foi quando consegui! Uma família Irlandesa precisava de uma Au Pair para a data em que eu iria chegar. Nos correspondemos por uns dois meses e eles me buscaram no aeroporto! Foi emocionante. Tinha plaquinha com o meu nome e tudo, haha. Fiquei muito feliz, pois iria ter uma certa segurança para poder cumprir com os meus compromissos financeiros que deixaria no Brasil.

Cheguei aqui num "frio do capeta" , como dizem lá na minha terra (só que lá a gente usa o termo pra calor, rs). Com fumacinha saindo da boca e tudo... De lá pra cá aconteceram muuuuuitas coisas, muitas mesmo, e que mudaram a minha vida para sempre. Hoje já não moro com essa primeira família, mas continuo como Au Pair (na verdade acumulo várias funções, rsrsrs, explico depois). Já não moro mais em Dublin, mas em Malahide, uma vila próxima à cidade. Mudei de Escola, sofri o "pão que o capetinha amassou" nos 6 primeiros meses, pois não tinha nenhum amigo (tinha colegas, mas não um amigo de verdade, sabe?) e andava conversando sozinha. Mas a vida foi tão boa pra mim que quando resolveu me dar amigos aqui ela me deu os melhores e foi assim que surgiu a Casa Chiclete, um outro lugar que também vou explicar minuciosamente depois. Bom, no mais eu viajei! Já fui para 7 países aqui na Europa e para alguns lugares na Irlanda. Trabalho no Metro pelas manhãs, na semana só paro para comer e dormir. Estou no último nível de Inglês da escola, mas todos os dias descubro que "só sei que nada sei", desculpa aí Sócrates...

É tanto que foi vivido que acho que antes não dava pra entender a relação entre os acontecimentos, mas hoje, com uma visão ampla de tudo isso, é possível entender como cada pecinha se encaixou no lugar certo. Claro que dei uma mãozona pro destino e sempre acreditei agindo, mas acho que era realmente pra dar certo! Thanks God...

Volto depois com mais um pouco de tudo isso. Até!

 

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