ESPAÇO DEDICADO AOS MOCHILEIROS
Dicas e causos das principais cidades Européias dos países listados:
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CULTURA, SALSICHA E CERVEJA!
Não. Não é só isso que Berlim, a capital alemã, tem para oferecer. Ela é seguramente uma das capitais européias mais interessantes para se visitar.
Ficamos no All In Hostel. Boa localização - não dá pra ir a pé para a região central, mas oferece todos os transportes nas adjacências. Muito limpo com um bom ambiente, porém você paga por tudo mais que quiser: 3 Euros pela roupa de cama, Internet e café são pagos também e caso seja muito tímido acorde cedo para tomar banho, pois os chuveiros são em uma área comum, sem divisórias.
Quanto ao transporte, uma benção! 6 Euros é o preço do ticket diário e você pode pegar ônibus, metrô e bondinho com um único passe. De um ponto turístico a outro pode-se ir andando. A seguir vou falar um pouquinho dos locais que visitamos. Se quiser aproveitar ao máximo vá no verão e acorde cedo, pois assim poderá fazer tudo a luz do dia, além do clima ser bem mais aceitável. Alguns amigos meus foram no inverno e a viagem se tornou muito “sofrida”, por assim dizer. O inverno em Berlim é congelante e caminhar pode não ser uma boa alternativa nessa época.
A primeira parada foi a torre Fernsehturm e a região Mitte (Estação Alexanderplatz – linhas U2, U5, U8. Fernsehturm (10.50 Euros de entrada) é uma torre de televisão construída em 1969 e que hoje abriga uma plataforma para visitantes e um restaurante giratório no topo. Tem-se uma linda vista da cidade. A torre fica na praça Alexanderplatz, onde está a Prefeitura de Berlim. Mais adiante está a avenida Karl Liebnecht. Vá andando pela avenida, compre souvenirs (lembrancinhas) e visite os pontos que estão no percurso. Essa região é o ponto central do bairro Mitte, antigo centro da Berlim oriental.
Siga pela Karl Liebnecht e encontre a Berliner Dom (Catedral de Berlim) e a Ilha dos Museus (em alemão: Museumsinsel). No interior da catedral existe um um imenso órgão, lindos vitrais e uma cripta onde estão expostos os sepulcros da família real. Vale a visita.
A ilha dos museus
Lá estão concentrados cinco museus: Museu Pergamon, * Altes Museum, Neues Museum, Alte Nationalgalerie e o Museu Bode. Um pouco mais a frente está o Museu de História Alemã ou Deutsches Historisches Museum que conta a história da Alemanha desde os seus primórdios até os dias de hoje.
Ao continuar na Karl Liebnecht, cruze o rio Spree (existem passeios de barco também) e alcance a principal avenida da cidade, a Unter den Linden. Ela lembra a Champs Élysées com seus elegantes prédios, lojas finas e embaixadas. Aqui também se encontram lindos souvenirs, porém mais caros que na avenida que mencionei anteriormente.
No final da Unter den Linden está o ponto que melhor representa Berlim: o Portão de Brandeburgo ou Brandenburger Tor – Metrô Brandenburger Tor - linha U55 Marrom. Finalizado em 1791, ele foi inspirado na entrada da Acrópole de Atenas. A idéia era que ele finalizasse a avenida de forma mais imponente (eles demoliram o antigo portal e fizeram um novo), porém por uma dessas ironias do destino o portão assumiu uma nova função no fim da segunda guerra: dividir a cidade oriental da ocidental. Bem ao lado está o Denkmal für die ermordeten Juden Europas, um memorial construído para homenagear os judeus mortos durante a guerra. A entrada é gratuita.
Em frente ao portão de Brandeburgo está o Parque Tiergarten (estação de metrô Turmstraße - linha U9 Laranja). É uma floresta transformada em parque e no centro está a Coluna da Vitória, um dos monumentos mais importantes da cidade.
Ao lado do parque fica um dos locais que DEVE ser visitado em Berlim. Se trata do prédio do Parlamento ou, em alemão, Reichstag. Está aberto aos visitantes de 8 da manhã até a meia noite. Chegue cedo, pois a fila é gigantesca. Dentro do parlamento você faz uma visita com um áudio-guia e entra no domo, uma magnífica cúpula de vidro projetada por Norman Foster (o mesmo do "Prédio Abacaxi" de Londres).
Saindo dessa região, pegue a linha U6 – roxa e desça em Kochstraße. Lá está o Check Point Charlie e o Museum Haus am. Check point era o nome dado pelos americanos para as passagens entre o muro; o Check point Charlie foi o mais famoso deles. Não se esqueça de tirar uma foto na placa “You are leaving the American Sector...”. É um símbolo da divisão do mundo por dois blocos, o da República Federal da Alemanha (RFA) liderados pelos Estados Unidos e República Democrática Alemã (RDA) por sua vez liderados pelos soviéticos. O muro existiu por 21 anos: separou famílias e cortou fisicamente outros laços. Os check points eram então usados pelos cidadãos que atravessavam de um lado para o outro em ocasiões como Natal e outras festas. Ao lado do Check Point Charlie está o museu Museum Haus am Checkpoint Charlie, lá são exibidos fotos, documentos e vídeos sobre a época em que o muro existiu.
Para quem se interessa e gostaria de saber mais sobre o muro visite o Gedenkstatte Berliner Mauer
(linha U8 - estação de metrô Bernauer Strasse). Lá está a única parte realmente intacta do muro. Se trata de um retângulo, construído com a parte do muro remanescente e outras três paredes novas que deixam um "nada" no meio - um monumento que representa o vazio deixado por essa época trágica de medo (essa foi a minha interpretação). Ao lado está o Memorial da Igreja da Reconciliação e a entrada para ela. A igreja foi construída em 2000 no mesmo local onde estava a antiga que foi destruída pelos comunistas. Não deixe de visitar a exposição que fica no prédio em frente ao muro e subir até o topo para visualizar de cima. Essa exposição foi a que mais me emocionou. Entre vídeos e fotos, vi cenas da construção do muro de Berlim e, acreditem ou não, cenas de alegria. Tinha um vídeo em que uma senhora atravessava o muro e encontrava-se com o que parecia ser sua netinha e ela a abraçava. Essa imagem nunca sairá da minha memória.
Pra finalizar vá até a Kaiser Wilhem Gedachtnis Kirche (estação Kurfürstendamm – linhas U1 verde e U9 laranja). Essa foi uma igreja bombardeada durante a Segunda Guerra que jamais foi restaurada. Aproveite e visite a região, considerada o principal ponto comercial da cidade, no canteiro da avenida Kurfurstendam.
Mais... Pegue a linha U2 vermelha e desça na Sophie-Charlotte-Platz. Ande um pouco até chegar ao Schloss Charlottenburg, principal palácio de Berlim. Volte ao metrô e vá até outro ponto, o Potsdamer Platz
(estação Potsdamer Platz – linha U2 vermelha). É uma área moderna, diferente das outras visitadas.
Pra finalizar, não deixe de tomar uma cervejinha alemã e comer um prato típico. Geralmente minha programação conta com uma alimentação bem mais modesta (coisa de mochileiro), mas em Berlim comida e bebida são por pouco preço. Fomos ao restaurante kartoffelhaus. Excelente! Na outra noite fomos a uma região chamada Oranienburger Straße. É conhecida como a Amsterdã de Berlim. Só indo pra ver, rs.
Não deixe de levar tudo anotado. A pronúncia alemã é complicada e caso queira pedir alguma informação mostre o papel. Comprovei que nada tem de verdadeiro sobre a falta de educação e grosseria dos alemães. Muito antes pelo contrário; eles são gentis e solícitos. Aproveite cada minuto e traga na memória aquilo que Berlim possui de mais importante para pode lhe oferecer: conhecimento.
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