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Só assim para definir essas duas capitais de dois países tão próximos... Bruxelas é a capital da Bélgica e considerada também a capital da União Européia, pois é sede do Parlamento Europeu desde 2003. Possui mais de um milhão de habitantes e a maior densidade demográfica do país - ao todo são mais de 10 milhões de cidadãos belgas - o que é muito, já que a Bélgica tem apenas 30 mil kilômetros quadrados. Eles falam flamengo (um tipo de dialeto holandês), francês e alemão. Eu e Betinho - o melhor companheiro de viagem que alguém pode ter na vida - saímos em um sábado cedinho de Dublin rumo a Bruxelas e Amsterdã para um "bate e volta". Em Bruxelas, pegamos um “expensive” bus do Aeroporto de Charleroi (lembro que o principal é o Aeroporto Zaventern que fica a 16 km da cidade) para o centro da cidade. Descemos na Estação central de Bruxelas, um lugar enorme e cheio de gente, que concentra as linhas de metrô da cidade e as linhas de trem que ligam o país. Ficamos perdidos no meio do tumulto, mas conseguimos achar o Office Rail, local para compra dos tickets para Amsterdã - a capital holandesa fica a 270km de Bruxelas, 2 a 3 horas dependendo do trem, €48 para menores de 26 anos e os tickets podem ser usados no período de 40 dias. Ao sairmos da estação, andamos em direção ao centro. Claro que, como mochileiros de plantão, ja tínhamos o nosso super mapa em mãos! Fomos em direção ao Grand Place, o principal ponto turístico de Bruxelas. Lá vimos um lugar familiar, com o nome de“Bossa Nova 2”. Aliás, o cheiro era familiar também... Era uma churrascaria brasileira! Pode até ser um absurdo estar em outro país e não provar a comida local, mas para quem estava há 8 meses e 23 dias sem comer um feijãozinho, arroz e picanha, até que mereço um desconto, não?!? E assim foi feito! E muito bem feito... Enfim, alimentados, fomos em busca do Grand Place. É relativamente perto da Estação Central. Inclusive fomos a todos os pontos a pé, subindo as ruas tranquilamente. O Grand Place é um dos lugares mais lindos que já vi. Se trata de um centro histórico que reúne prédios feitos em arquitetura belga e que foram reconstruídos em 1700 depois de um bombardeio francês. Os principais prédios são o Hôtel de Ville e Maison du Roi (Casa do rei). Tinha uma “bandinha” tocando no Grand Place, animando todo mundo que passava. De repente, os músicos começaram a tocar Aquarela do Brasil, de Ary Barroso! Claro que foi em nossa homenagem...
No título desse post eu disse que Bruxelas era doce. E é, literalmente. Possui uma atmosfera romântica, cheia de vida cultural, ruas medievais, monumentos impressionantes, cafés e chocolates.Descendo o Grand Place encontramos uma loja de souvenirs (uma loja não, umas dez mil) e compramos "os falados" chocolates. É merecido o título de um dos melhores do mundo, pois eu nunca provei nada igual... E olha que compramos dos baratinhos. Tem também os waffles com açúcar, delícia! Outra coisa não muito doce, mas que está no apetite dos turistas é a cerveja. No Delirium Café, próximo ao Grand Place, são vendidos 2491 tipos de cerveja. Pai, eu não fui lá! Rs. Mas essa capital tem muito mais que chocolate e cerveja para oferecer… Os pontos turísticos são belíssimos. Tudo tem uma razão, uma história e dá prazer em admirar… Bom, então fomos em direção a uma tal estátua que dá sorte se tocada. Ela fica embaixo da Maison de l´Etóile, no Grand Place. "A obra é uma homenagem a Everard´t Serclaes, herói belga responsável por libertar a capital do domínio do Conde de Brabant, de acordo com a versão mais conhecida"*. Mais à frente encontramos o Manneken Pis. É a estátua de um rapazinho fazendo xixi... Nas festividades ele sempre é vestido com trajes diferentes (dizem que ele tem mais de 100 trajes). Nós o vimos vestido com uma roupinha de marinheiro no primeiro dia. Ninguém sabe sobre sua origem e existem várias lendas que justificam a criação desse rapazinho mijando. Existem réplicas espalhadas pelo mundo, uma inclusive no Rio de Janeiro apelidada de “Manequinho”. Ela foi feita pela comunidade belga do Rio e fica em frente à sede do Botafogo... Em 57, a torcida vestiu o uniforme do time nele que então passou a ser o mascote do time. Invenção de brasuca. Somos criativos mesmo... Seguimos em frente para visitar as ruas da parte histórica de Bruxelas. A cidade é muito antiga e conserva uma beleza ímpar. Comprei e enviei os postais que sempre mando para minha família (e que chegam duas semanas depois quando já estou em Dublin). Depois descemos para a estação de trem. No caminho era estranho ver que os carros param pra gente passar. Em algumas esquinas não têm nem sinal – e eu digo aquelas onde deveriam ter – e eles param mesmo. Na estação percebemos como a cidade é completamente cheia de “mohamedes”. Era assim que chamávamos os que tinham turbante na cabeca, as mulheres com burca, etc, pois não sabíamos realmente de onde eles eram. Só uma brincadeira; amo a diversidade. Nossa "andança" acabou. Fomos de bonde elétrico para o Atomium (estação Centenaire, linhas 19, 23 e 51). As linhas se misturam no caminho, os trens param para outros passarem e parece que eles vão colidir o tempo inteiro. O Atomium é um átomo gigante, com 102 metros de altura, ampliado 165 milhões de vezes! Foi um monumento feito para uma exposição em 1958 e representa uma época de descobertas científicas. Em cada um dos nove círculos do Atomium existe uma sala de exposições. Ele é simplesmente enorme e fica na parte mais moderna da cidade de Bruxelas. Ao lado do monumento fica uma minie Europa (um complexo por onde podemos ver os principais monumentos em miniatura do continente). EM AMSTERDÃ A primeira parada em Amsterdã foram os canais. A cidade é linda, mas completamente diferente de Bruxelas, em relação ao estilo de vida da população. Muitos jovens, uma multidão nas ruas, uma bagunça. As pessoas atravessam onde querem, os trens (da mesma forma que em Bruxelas) parecem que estão desgovernados. É linha férrea e bicicleta a perder de vista. É mesmo uma bagunça, mas uma "bagunça organizada", louca, como comentei no título deste post. Uma loucura que possui razão. É uma sociedade apaixonante. Afinal, quem nunca ouviu falar da tolerância das leis holandesas... A Holanda fica abaixo do nível do mar, por isso é tão famosa pelos seus diques e moinhos: os primeiros serviam para reprimir a água para fora da cidade. E os moinhos? Eles é que eram utilizados antes para escoar a água... Mas não só de moinhos vive o turismo da Holanda, ainda vimos muito por lá: os tamancos, as tulipas e as bicicletas (quantas bicicletas!). Esses são alguns outros cartões postais do país. No caso das bicicletas vale até um comentário... Li em um site que sao mais de 600 mil bicicletas para uma cidade de 700 mil habitantes. Elas têm preferência e sinal de trânsito só pra elas. Minha professora irlandesa disse que quando foi para Amsterdã um holandês disse para ela que às vezes é tão difícil achar a própria bicicleta que a maioria pega a bicicleta de outro e assim sucessivamente. Eu faria isso, pois é humanamente impossível achar a própria bicicleta naquele amontoado. Fizemos tudo a pé. Visitamos alguns canais (são mais de 100 na cidade) e a Dam Square - principal praça da cidade que fica uns 700 metros ao sul da principal estação de trem. À noite, claro, fomos para o Distrito da Luz vermelha. Não dá pra contar muito, essa parte é censurada, rs. Brincadeira... O distrito é uma área de Amsterdã conhecida pela prostituição legalizada das casas de shows eróticos e das lojas de sexo (as mulheres ficam semi nuas atrás das vitrines). Nos cafés eles vendem a “Marijuana” e os bolinhos feitos de erva. Todo tempo passa alguém oferecendo todos os tipos de drogas, mas eles falam baixinho. E até engracado... Vimos o que todo mundo vê. É proibido tirar foto, mas, acredite, tem muita mulher bonita (de verdade) nas vitrines. A região é uma loucura... Bom, no outro dia foi a vez de visitar o Museu de Van Gogh. No caminho vimos uns elefantinhos na rua. Era a Elephant Parade, uma parada de conscientização para lembrar/proteger os elefantes asiáticos. Coisa de primeiro mundo... No caminho também fomos procurando a placa “Iamsterda”. Não achávamos de jeito nenhum! Entramos o Museu. Foi emocionante... Aliás, muito interessante.... Eles dividiram muito bem as obras de Van Gogh, explicando tudo em cada andar do museu e descreveram detalhadamente as fases do pintor. Vimos os quadros “Os Girassóis”, “A Noite Estrelada”, “Os Camponeses comendo batatas” e “Quarto em Arles”. Lembro quando os vi pela primeira vez na sexta série na aula de educação artística! Nunca mais esqueci. Estranho ver que réplicas do mundo todo surgiram daquela figura que estava ali, bem na nossa frente. Depois fomos para o Museumplain, praça que fica ao lado do Museu de Van Gogh. É uma área enorme onde acontecem os principais festivais da cidade e onde ficam os principais museus (Amsterdã é a cidade com mais museus por metro quadrado do mundo). E adivinhe só o que achamos? A placa “Iamsterdam”. Eu e o Betinho nos abraçamos com a mesma emoção de quando o Brasil foi tetra! Procuramos a placa desde o início do passeio. Voltamos para Bruxelas, pois o nosso voo sairia do Aeroporto de Charleroi (far, far away). Viemos no trem admirando os moinhos da Holanda… São tão lindos! Com tulipas na frente… Em Bruxelas ainda fomos comprar alguns souvenirs e tivemos um presente: o Manneken-Pis estava sem roupinha! Nunca imaginei ficar tão feliz vendo alguém pelado… Tot ziens!**= Até mais! Comente sobre esse post clicando aqui. Obrigada! * Informação retirada do blog http://bagagemeuropeia.blogspot.com/2005/09/bruxelas-tem-mais-bela-praa-da-europa.html ------------------------------------------------------------------------------------------------
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